domingo, 18 de maio de 2014

Fermentação e atividade enzimática

Biotecnologia: qualquer aplicação tecnológica que utiliza organismos vivos ou sistemas biológicos para produzir ou alterar substâncias com proveito para o Homem.
Pretende optimizar as condições de produção e conservação dos alimentos, criando condições ácidas
que impedem a degradação dos alimentos por outros organismos.

Metabolismo microbiano

Fermentação - processo anaeróbio em que ocorre a produção de ATP a partir de compostos orgânicos, numa série de reações de oxidação redução que não envolvem uma cadeia transportadora de electrões.
Fermentação alcoólica - degradação do piruvato, obtendo-se o etanol e o CO2 como produtos finais (vinho, cerveja e pão).
Fermentação lática - formação de ácido lático como produto de excreção da degradação do piruvato (iogurte).
Fermentação acética - é posterior à formação de etanol, que é depois degradado em ácido acético (oxidação do etanol a ácido acético) (vinagre).




Importância dos microrganismos na produção de muitos alimentos  
Aumentam a acidez e provocam a coagulação do leito. Na produção de alimentos como o pão.


Enzimas - biocatalisadores
Energia de ativação - aumenta a vibração dos reagentes incrementando as colisões entre si, facilitando a ocorrência da reação.
As enzimas aumentam a taxa de transformação dos reagentes em produtos. Permitem que o processo produtivo seja mais rápido e eficiente. Também diminui a energia de ativação, facilitando a reação entre os reagentes. Não afetam a energia que é libertada na reação mantendo o equilíbrio químico e a variação da energia de uma reação.
Não se consomem durante a atividade, podendo ser novamente utilizadas, facilitam a transformação dos substratos em produtos e formam um complexo com os substratos, que deixa de existir no final, quando a concentração de substratos é reduzida.

Complexo enzima-substrato - associação temporária entre a enzima e o substrato durante a ocorrência da reação, que permite aumentar a instabilidade dos reagentes e diminuir a energia de ativação.




Modelo chave-fechadura - o centro ativo da enzima é uma etrutura rígida.
Modelo do encaixe induzido - substrato induz a mudança da configuração da enzima, aumentando a sua atividade catalítica.
Especificidade - as enzimas são específicas para os subtratos, podendo interagir apenas com um substrato (absoluta) ou com substratos semelhantes (relativa).


Controlo e regulação da atividade enzimática
A velocidade da reação é afetada pela concentração da enzima e do substrato. Se a concentração da enzima aumentar, a velocidade aumentará de forma proporcional. Em excesso de substrato, todos os centros ativos ficam ocupados e a velocidade da reação estabilizará.

"Na produção de alimentos por processos fermentativos é necessário ter em conta o pH e a temperatura a que a reação ocorre".
Como a temperatura e o pH influenciam a atividade enzimática durante a produção de alimentos por processos fermentativos é necessário ter em conta a temperatura e o pH ótimos, os microrganismos e a suas enzimas garantindo uma eficiência elevada na produção de alimentos.

- O aumento da temperatura provoca a desnaturação das proteínas.
- Algumas enzimas precisam de cofatores, (componente não proteico, apenas na sua presença a enzima se torna ativa) para se tornarem ativas.
-Composto orgânico - coenzima, que ligada a uma apoenzima forma uma holoenzima.
Apoenzima - proteína cataliticamente inativa que, para se tornar funcinal, necessita de um outro composto (cofator).
Holoenzima - enzima constituída por uma proteína (apoenzima) e um cofator.



A célula é capaz de regular a atividade enzimática através de mecanismos de indução (facilitam a ligação do substrato ao centro ativo) e da inibição. Esta pode ser irreversível (quando há ligação permanente de compostos ao centro ativo, ficando a enzima impedida de interagir com o substrato) e reversível.

Reversível, pode ocorrer através de:
Inibição competitiva: o inibidor é estruturalmente semelhante ao substrato, podendo ligar-se ao centro ativo. Desta forma, há impedimento na ligação do substrato ao centro ativo;
Inibição não competitiva: o inibidor liga-se a uma zona diferente do centro ativo. Este tipo de inibição é um exemplo de alosteria.

A sensibilidade das enzimas alostéricas à concentração de diversos compostos é fundamental na regulação das vias metabólicas. A enzima que se encontra no início da via metabólica pode ser sensível à concentração de um dos produtos finais. Quando estes estão em elevadas concentrações ligam-se à região alostérica da enzima e provocam alterações conformacionais inibindo-a. A via metabólica é interrompida e deixam de ser produzidos produtos finais, reduzindo a sua concentração. Quando os produtos finais são consumidos, as moléculas que se encontravam ligadas à enzima libertam-se e esta adquires novamente a propriedade catalítica. Estes mecanismo são essenciais para a célula não produzir compostos em excesso e desnecessários, com elevados gastos energéticos.

Aplicações dos reguladores enzimáticos:
-Tratamento de infeções, inibindo irreversivelmente as enzimas dos agentes patogénicos (ex: penicilina, antibióticos)
-Indústria alimentar, visando inibir as enzimas dos organismos decompositores, reduzindo o seu crescimento.


domingo, 23 de março de 2014

Desequilíbrios e doenças

Hipersensibilidade
Reação exagerada a uma dose de antigénio que não afeta a maioria das pessoas

Hipersensibilidade imediata: resulta da produção de IgE após o contato com o alergénio. O anticorpo IgE liga-se aos mastócitos que, por sua vez, libertam histaminas. Estas são responsáveis pelo desencadeamento de mecanismos como a vasodilatação, edema...
Hipersensibilidade tardia: ocorre algumas horas depois da exposição ao antigénio (mediada pelas células)

Alergia
Reação imunitária excessiva, produz inflamação e outros sintomas, que podem até causar a morte (histamina pode provocar dificuldade respiratória)

Auto-imunidade
Defesas imunitárias do organismo são dirigidas contra as células do próprio organismo, que não as reconhece atacando-as e destruindo-as como se fossem estranhas.

Imunodeficiências
Doenças que afetam o sistema imunitário


  • SIDA 
A infeção pelo HIV interfere com a atividade reguladora que os linfócitos T auxiliares (Th) desempenham. Diminui a eficácia da resposta imunitária. Desta forma, a proliferação de agentes infecciosos oportunistas é facilitada. 
Um tratamento que pode retardar a ação do HIV é a ação de inibidores enzimáticos, nomeadamente na transcriptase reversa, pois impede a síntese de DNA a partir de RNA viral.

Sistema imunitário

O sistema imunitário inclui um conjunto de mecanismo de defesa contra agentes agressores: vírus, bactérias, protozoários, toxinas ou qualquer partícula que ponha em perigo a homeostasia.

Resposta imunitária:

  • Defesa não específica (resposta imunitária inata), proteção geral contra os agentes patogénicos.
Os interferões estimulam a célula a produzir proteínas anti-virais que inibem a replicação do material genético do vírus e a sua multiplicação.
Pele (pH ácido inóspito para organismos)
Muco (protegem e removem organismos)
Lisozima (degrada a parede celular de inúmeras bactérias)

Fagocitose -> Leucócitos 
Saída dos leucócitos do sangue para os tecidos, atravessando os capilares sanguíneos DIAPEDESE
Fagócitos reconhecem glicoproteínas de células invasoras, aderindo à superfície dos agentes patogénicos que são englobados pelos pseudópodes. Os agentes patogénicos sofrem endocitose e são degradados por enzimas proteolíticas presentes em lisossomas, que se fundem com as vesículas de endocitose e os materiais são expulsos por exocitose.

Diferentes tipos de fagócitos:
Neutrófilos - destroem agentes patogénicos em tecidos infetados. Abundantes e tempo de vida reduzido.
Monócitos -->  Macrófagos - tempo longo de vida, destroem um número elevado de agentes patogénicos por todo o organismo.
Eosmófilos - destroem parasitas.

Reação inflamatória
Sintomas: dor (causada pela ação de substâncias químicas nas terminações nervosas locais e pela distensão dos tecidos); rubor; edema; calorr.

Liberta histamina e prostaglandinas que causam vasodilatação e o aumento da permeabilidade dos capilares (libertada pelos mastócitos e basófilos)

Quimiotaxia aproxima os leucócitos deixando os vasos sanguíneos por diapedese e dirigindo-se aos tecidos afetados.
1º neutrófilos / 2º monócitos --> Macrófagos  --> Digere pus

Febre agentes pirógenos produzidos pelos leucócitos / toxinas produzidas pelos agentes patogénicos
   Febre moderada favorece: fagocitose, raparação de tecidos lesados, inibe a multiplicação de alguns microorganismo e acelera as reações do organismo.

Proteínas de complemento
-Aderem às membranas dos agentes patogénicos;
-Ativam a resposta inflamatória atraindo os fagócitos para o local da infeção;
-Auxiliam os fagócitos a destruir os agentes patogénicos;
Promovem a lise das células invasoras.

  • Defesa específica (resposta imunitária adquirida), produção de anticorpos ou células T em resposta a antigénios estranhos.
            -Imunidade humoral, sistema imunitário reage a cada antigénio  pela produção de anticorpos específicos pelos plasmócitos
Os anticorpos ligam-se aos determinantes antigénios formando o complexo antigénio-anticorpo, que vai promover a destruição dos agentes patogénicos.
      Isto estimula os seguintes fenómenos:
Neutralização os anticorpos impedem os agentes patogénicos de infetar outras células, até serem fagocitadas.
Aglutinação  - o complexo anticorpo-antigénio forma estruturas de grandes dimensões que são fagocitadas.
Precipitação de antigénios solúveis - os anticorpos ligam-se aos determinantes antigénios de moléculas dissolvidas nos fluidos corporais.
   ----> Impedem a infeção e facilitam a fagocitose pelos macrófagos
Ativação do sistema de complemento - o complexo antigénio-anticorpo ativa as proteínas de complemento, podendo algumas delas promover a lise celular dos agentes patogénicos.

            -Imunidade celular, é desencadeada por antigénios ligados a marcadores superdiciais de certas células do organismo infetado, promovendo diretamente a diferenciação em células efetoras. Os recetores dos linfócitos T ligam-se apenas a uma parte do antigénio localizada na superfície da célula apresentadora que evidencia o antigénio

Após a ativação os linfócitos T multiplicam-se e originam 2 tipo de células:
-Linfócitos T citotóxicos - reconhecem as células tumorais, as infetadas por vírus e produzem compostos tóxicos que promovem a sua lise;
-Linfócitos T auxiliares - os seus sinais químicos estimulam a expansão clonal e ativam os linfócitos Tc e o linfócitos B, promovendo a fagocitose.

-----> A imunidade celular é responsável pela rejeição que ocorre durante os enxertos de tecidos ou transplantes de órgãos. 
Os antigénios das células enxertadas são reconhecidos pelo recetor como sendo estranhos ao organismo. A partir desse reconhecimento há uma mobilização dos mecanismos de defesa específica e diferenciação de células efetoras envolvidas na rejeição de células enxertadas.

A imunidade - memória imunológica 

Resposta imunitária primária: primeiro contato com o antigénio origina ativação de linfócitos B e T que se diferenciam em células efetoras e de memória.

Resposta imunitária secundária: devido à presença de células de memória, o segundo contacto com o mesmo antigénio desencadeia uma resposta imunitária mais intensa, rápida e prolongada.

Imunização
Processo que confere imunidade a uma determinada doença, para evitar que seja contraída ou para diminuir a gravidade e o tempo de incidência da mema.
     Imunidade adquirida:
Imunidade ativa (permanente) - o sistema imunitário do indivíduo responde ao antigénio, produz células efetoras e de memória.
Pode ser:
Natural - o indivíduo é naturalmente exposto ao antigénio.
Artificial - vacinação.

    Imunidade passiva (temporária) - o sistema imunitário do indivíduo não responde ao antigénio, são transferidos anticorpos produzidos por outra pessoa ou animal.
Pode ser:
Natural - anticorpos transferidos de mãe para feto.
Artificial - soro com anticorpos.

Vacina - solução preparada com antigénios tornados inofensivos, como microorgasnismos mortos ou atenuados ou toxinas inativas. A vacina desencadeia no organismo uma resposta imunitária primária e formam-se células de memória que tornam a resposta secundária mais rápida, intensa e de maior duração.

sábado, 8 de março de 2014

Aplicações da engenharia genética

           As aplicações da engenharia genética são cada vez mais influentes na sociedade, quer a nível biológico quer social. Ao nível da medicina conjuntamente com a técnica do DNA recombinante produziu-se hormonas de crescimento, que são úteis para crianças com problemas de crescimento e deficiências na idade adulta.
            A hormona de Crescimento (GH) é uma hormona proteína do peptide, também é um polipeptídeo que é sintetizado, armazenado, e segregado pelas pilhas do somatotroph dentro das asas laterais da glândula do pituitary anterior. Somatotropin refere-se à hormona de crescimento produzida naturalmente nos animais e é “HGH abreviado” nos seres humanos.
      Diversos laboratórios, universidades e hospitais estão a desenvolver plásticos e moldes que permitam criar órgãos ou fragmentos destes a partir de um reduzido número de células.
           Algumas pesquisas também foram feitas ao nível da genética animal, por exemplo o laboratório de genética e evolução animal desenvolveu a identificação taxonómica molecular aplicada à biodiversidade animal – código de barras de DNA. Tem como objetivo incorporar um código de identidade genética estabelecendo um sistema de identificação taxonómica molecular para integrar inventários de biodiversidade no Brasil, que concentra a maior diversidade de anfíbios do mundo.
            No que respeita às plantas transgénicas, a sua importância na agricultura tem aumentado. Têm sido geradas plantas com resistência a determinadas pragas biológicas, reduzindo o recurso a pesticidas, muito poluidores e altamente dispendiosos.
          Assim, está a ser desenvolvido um projeto de Tecnologias de Engenharia Genética para Culturas com tolerância ao stress e contra a degradação do Ambiente Global. Este projeto foi aprovado, teve início a 4 de março de 2010 e compreenderá um período de 5 anos.

            A equipa é constituída pelo grupo de Ciência, Tecnologia e Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável (SATREPS) com a colaboração da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão (JST) e a Agência de Cooperação Internacional Japão (JICA) e tem como objetivo estabelecer técnicas para o desenvolvimento de linhagens de soja geneticamente modificadas mais tolerantes a stresses ambientais, como a seca e o calor.

OGM vantagens e desvantagens

O Homem produz OGM com potencial económico-social para a alimentação, para a síntese de compostos, para a indústria farmacêutica e para a farmacologia.

Vantagens OGM:
- Aumento da produção de alimentos;
- Potencialização do valor nutricional dos alimentos;
Desenvolvimento de espécies com características desejadas;
- Maior resistência dos alimentos ao armazenamento e por períodos maiores;
- Resistência a pragas, doenças, insetos e a grandes quantidades de inseticidas;
- Redução do uso de compostos como herbicidas, pesticidas, fungicidas e certos adubos.

Desvantagens OGM:
- Aumento do potencial de reações alérgicas;
- Maior resistência a agros tóxicos e antibióticos nas pessoas e nos animais;
- Aparecimento de novos vírus;
- Empobrecimento da biodiversidade.

Técnicas da engenharia genética

DNA recombinante:
-A partir de uma enzima de restrição isola-se um gene de interesse;
-O gene é inserido num plasmídeo que funciona como um vetor e que também foi cortado pela mesma enzima de restrição;
-O plasmídeo e o gene de interessa são ligados pelo DNA ligase, formando um DNA recombinante;
-O vetor é transformado em bactérias;
-Aquando da multiplicação da população de bactérias ocorre a replicação do plasmídeo. Ao fim de algumas gerações obtém-se inúmeras cópias do gene de interesse.

Enzimas de restrição - originam-se através de endonucleases e possuem extremidade complementares e coesivas.

Ligase do DNA - enzima que estabelece uma ligação covalente entre nucleótidos adjacentes a dois fragmentos de DNA.

DNA complementar:
- A partir de um mRNA funcional e recorrendo a uma transcriptase reversa é possível sintetizar uma cadeia simples de DNA;
- Esta cadeia de DNA é depois duplicada por ação de uma polimerase, formando-se uma cadeia de DNA nova - cDNA;
- Consegue-se sintetizar proteínas que podem ser usadas em tratamentos.

Eletroforese:
- Fragmentos de diferentes tamanhos de DNA, podem ser separados por eletroforese.
- DNA sujeito a um campo elétrico migra para o pólo positivo num gel de agarose;
- Fragmentos de menor dimensão movem-se mais rapidamente;
- Podem ser visualizados através de corantes que emitem fluorescência quando excitaddos por radiação UV.

PCR - reação de polimerização em cadeia:
- Quebra das ligações de hidrogénio, desnaturação das cadeias de DNA através do aquecimento;
- Temperatura reduzida, assim os iniciadores emparelham-se em cadeias simples;
- Aumento da temperatura, ativa DNA polimerase;
- DNA polimerase sintetiza nova cadeia por complementariedade. Elongação da cadeia de DNA entre os iniciadores.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Alterações do material genético

Mutações génicas: Afetam um único gene (num dos alelos)

  • Mutação génica silenciosa - ocorre troca de bases, mas a proteína sintetizada possui a sequência de aminoácidos normal.
  • Mutação génica com perda de sentido - há trocas de bases que acarretam uma alteração na sequência de aminoácidos de uma proteína.
  • Mutação génica sem sentido - a sequência de bases é alterada o que leva ao surgimento precoce do codão STOP.
  • Mutação génica por alteração da grelha de leitura - A entrada na sequência nucleotídica de uma nova base conduz a u8ma sequência de aminoácidos completamente diferente.

Mutações cromossómicas:  Podem alterar a posição ou o sentido de um segmento de DNA
     
      Estruturais:
  • Deleção - remoção de um fragmento do cromossoma, com perda de material genético.
  • Duplicação - existência de duas cópias de uma dada região cromossómica.
  • Invesão - remoção de um segmento de DNA e inserção numa posição invertida num outro local do cromossoma.
  • Translocação - transferência de um segmento de DNA de um cromossoma para outro homólogo. Translocação simples / Translocação recíproca.
    
      Numéricas: 
Aneuploidias:
  • Nulissomia (2n-2) - ausência de um par de cromossomas homólogos.
  • Monossomia (2n-1) - ausência de um dos cromossomas homólogos num para (síndrome de Turner) 
  • Polissomias
  •        Trissomia (2n+1) - ocorrência de um cromossoma extra num dado par de cromossomas homólogos (síndrome de Down / Klinefelter)
  •        Tetrassomia, pentassomia (2n+2; 2n+3) - consoante existiam na célula quatro ou cinco cromossomas homólogos.
Euploidias:
  • Haploidia - indivíduo apresenta metade do material genético habitual.
  • Poliploidia - o genoma é duplicado, por vezes, repetidamente. Na meiose e mitose ocorre a separação dos cromatídeos, mas não do citoplasma.

Mutações somáticas - ocorrem nas células não sexuais. Uma única mutação pode ser transmitida às células-filhas do mesmo tecido. No entanto, estas mutações não são transmitidas à descendência, exceto em seres vivos que se reproduzem assexuadamente.

Mutações nas células da linha germinativa - ocorrem nas células que originam os gâmetas. Se o gâmeta portador da mutação participar na fecundação, a mutação será transmitida à descendência.

Mutações espontâneas - influência externa. Erros nos processos celulares, erros na divisão celular.

Mutações induzidas - provocadas por agentes mutagénicos. Alterações nas bases azotadas por agentes químicos. Danificação do material genético devido à radiação ionizante.

Mutações podem ativar a oncogénese
Proto-oncogenes - um proto-oncogene mutado - oncogene - pode provocar um crescimento celular descontrolado causando a formação de um cancro.
Genes supressores de tumor, quando mutado, deixam de prevenir a multiplicação descontrolada das células.




Organização e regulação do material genétco

DNA possui carga negativa e liga-se às histonas que possuem carga negativa.
Esta estrutura designa-se nucleossoma

Os filamentos de DNA associados a histonas constituem a cromatina:
  • Eucromatina: difusa
  • Heterocromatina: condensada
Cinetocoro - Estrutura formada por proteínas à qual se ligam os microtúbulos.
Telómero - Secção terminal dos cromossomas, previnem a degradação dos cromossomas por exonucleases.

Síntese proteica 
-Transcrição
-Tradução 
      - Formação da cadeia polipeptídica

A regulação da expressão génica permite evitar a produção de proteínas desnecessárias, ou em excesso, que podem afetar negativamente a atividade celular, controlando os gastos de energia e matéria.

Promotor - Segmento de DNA ao qual se liga uma RNA polimerase para dar início à transcrição.
Indutor - Proteína que induz a transcrição.
Repressor - Proteína que enibe o processo de transcrição de um operão.

Indutores estimulam a atividade da RNA polimerase. Repressor impede que a RNA polimerase reconheça o promotor não transcrevendo o gene associado.

Excisão alternativa - transcrição de um mesmo gene origina duas proteínas distintas em duas células diferentes.

Se mRNA tiver um tempo de vida longo poderá ser repetidamente lida pelos ribossomas.
Está associado aos complexos proteicos e às enzimas presentes no citoplasma.

Procariontes
-Expressão constitutiva, os genes são constantemente transcritos.
-Expressão induzida, as bactérias encontram-se a crescer em condições especiais.

Gene estrutural - codificam proteínas pertencentes a uma mesma via metabólica ( partilham o mesmo promotor ).
Gene regulador - contém informação para a síntese de uma molécula reguladora, geralmente uma proteína repressora.
Operador - segmento de DNA onde se liga o repressor.
Operão - conjunto de genes nos procariontes que se encontram funcionalmente relacionados contíguos e controlados coordenadamente, sendo todos expressos no mesmo RNA mensageiro.

-A existência de operões nos seres procariontes é muito importante, pois evita gastos desnecessários do material e de energia só sendo produzidas as proteínas quando são necessárias.
-Os fatores endógenos e exógenos influenciam a expressão génica.


Trabalhos de Morgan / transmissão dos genes situados em cromossomas sexuais

Dois loci presentes no mesmo cromossoma que estejam ligados, se considerarmos que o número de cromossomas é muito inferior ao número de genes cada cromossoma terá de conter vários genes que são herdados em bloco.

Na meiose:
A divisãodo número de recombinantes pelo número total de descendentes fornece-nos as frquências de recombinação. Estas são tanto maiores quanto mais afastados estiverem os dois loci.

Transmissão dos genes situados em cromossomas sexuais:

  • Hemizigóticos - genes ligados ao cromossoma X no homem e em outros seres vivos cujos machos apenas possuem um cromossoma X.

Caracteres ligados ao sexo

  • O fenótipo recessivo surge com maior frequência nos homens do que nas mulheres, pois estas necessitam de dois alelos recessivos.
  • Um homem com doença apenas a pode transmitir às filhas, pois os filhos recebem o cromossoma Y do pai;
  • As filhas que recebem 


Exceções à lei de Mendel

Dominância incompleta:
Descreve as situações nas quais o fenótipo dos heterozigóticos é intermédio entre os dois homozigóticos. O fenótipo é intermédio, não ocorrendo a mistura dos fenótipos parentais nos heterozigóticos.

                          

Alelos múltiplos:
Existência de mais de dois alelos possíveis para um dado carácter, embora cada indivíduo apenas possua dois alelos.



Co-dominância:
Nenhum alelo exerce dominância sobre o outro e ambors se expressam fenotipicamente.



Alelo letal:
É um alelo que causa a morte pré ou pós-natal ou que então produz uma deformidade significante.



Hereditariedade

Teoria cromossómica da hereditariedade
-Os cromossomas formam pares de homólogos que possuem num dado locus alelos para o mesmo carácter;
-Durante a meiose ocorre disjunção dos cromossomas homólogos que são transmitidos aos gâmetas, promovendo a segregação de alelos;
-A segregação dos alelos de genes que se encontram localizados em cromossomas diferentes é independente;
-Através da fecundação, há formação do ovo (2n), em que cada gene está representado por dois alelos, localizados em loci correspondentes a cromossomas homólogos.

Hereditariedade dominante autossómica
-A caraterísitca manifesta-se num elevado número de descendentes e em todas as gerações;
-Um dos progenitores tem que ser portador dos genes responsáveis;
-Os indivíduos heterozigóticos expressam a caraterísitca;
-O fenótipo ocorre de forma indiferente em ambos os sexos.

Hereditariedade autossómica recessiva
-Reduzido número de indivíduos manifesta a caraterísitca;
-Os progenitores sem manifestação fenotípica da caraterísitca podem originar descendentes com essa caraterística;
-O fenótipo ocorre de forma indiferente em ambos os sexos.




Experiências de Mendel

O porquê da escolha de Mendel - Ervilhas:
-Facilidade de cultivo;
-Elevado nº de descendentes;
-Disponibilidade de variedades com características diferentes;
-Presença de uma corola cuja estrutura possibilita o controlo da polinização.


Primeira lei de Mendel / Lei da segregação factorial / Lei da pureza dos gâmetas

-Para cada carácter existem duas caraterísticas distintas;
-Para cada carácter o organismo recebe dois fatores, um de cada progenitor;
-Os fatores têm uma relação de dominância / recessividade;
-Na formação dos gâmetas os dois fatores responsáveis por cada carácter seperam-se, ficando apenas um em cada gâmeta;
-Cada gâmeta recebe apenas um dos alelos.

Segunda lei de Mendel

Transmissão de dois caracteres em simultâneo - dibridismo 

Segregação independente: Os alelos produzem quatro tipo de gâmetas em proporções idênticas. Fenótipos recombinantes.

Durante a formação dos gâmetas, a segregação dos alelos de um gene é independente da segregação dos alelos de outro gene.