terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Técnicas de reprodução assistida

·         Inseminação intra-uterina ou Inseminação Artificial
Nesta técnica manipula-se o gâmeta masculino, prepara-se o sêmen, ou seja separam-se os espermatozoides móveis e normais do líquido seminal, tornando-os mais rápidos e direcionados. A inseminação intra-uterina consiste em colocar os espermatozoides anteriormente preparados dentro do útero no período ovulatório, esta técnica não requer anestesia.

·  Fecundação in vitro
o   Fertilização in vitro (FIV)
Esta técnica envolve quatro fases, indução da ovulação, aspiração folicular, fecundação in vitro, e transferência embrionária.
Induz-se a ovulação através de tratamentos hormonais que aumentam o número de óvulos que se tornam maturos, aumentando a probabilidade de fecundação. O crescimento folicular é controlado por ecografias transvaginais, quando pelo menos dois folículos atingem um diâmetro ecográfico de 18 a 20 mm, programa-se a aspiração folicular.
Os espermatozoides são colocados dentro do óvulo para que ocorra a fertilização, o melhor espermatozoide penetra o óvulo sem auxílio. Após a fecundação, o embrião é implantado no endométrio quando este tecido oferece as condições necessárias para ocorrer a nidação, estas condições são controladas pelo tratamento hormonal e permitem a gestação.

o   Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides - ICSI
·         Citrato de Clomifene
Induz a ovulação, tendo uma ação anti estrogénica que provoca um aumento dos níveis de FSH e LH, melhorando o recrutamento folicular. É um fármaco ativo por via oral.
·         Gonadotrofinas
Estimulam o crescimento de múltiplos folículos, o seu uso é inicia-se no 2º ou 3º dia do ciclo. Após ser controlado o crescimento folicular é injetado HCG para   maturação final e libertação do óvulo, trinta e seis horas após a injeção, programa-se a captação de óvulos sob controlo ecográfico. As gonadotrofinas são de uso subcutâneo ou intramuscular.
·         Análogos do GnRH
Esta técnica reduz o risco de descarga prematura de LH (evita que ocorra a ovulação antes da hora programada) e facilita a manipulação do ciclo. Promovem, inicialmente, o esvaziamento do LH e FSH da hipófise. O agonista é mantido durante toda a maturação folicular (fase de crescimento dos folículos) até ao momento da aplicação do HCG.
·         Antagonista do GnRH
Bloqueiam a libertação de LH e de FSH pela hipófise e evitam a rutura folicular precoce, suspensão do ciclo. São de uso subcutâneo.

-Indução da ovulação:
Consiste no aumento da produção de oócitos nos ovários. Neste tratamento são utilizados medicamentos que actuam na hipófise anterior ou nos ovários. Isto serve para aumentar a FSH nos ovários durante algum tempo, estimulando o crescimento de folículos. Com este processo, é possivel obter um maior número de oócitos nos dois ovários havendo assim uma maior probabilidade de fecundação.

-Microinjecção:
Esta é uma técnica semelhante á fecundação in vitro e tem maiores probabilidades de sucesso. É efectuada uma recolha dos gâmetas masculinos e femininos. Após a recolha, é seleccionado um único espermatozóide e este é injectado diretamente no oócito, havendo assim a fecundação. Após a verificação da fecundação, o embrião é implantado no útero do mesmo modo que na fecundação in vitro.

-Transferência Intratubárica de Gâmetas:
Tal como na FIV há a recolha dos gâmetas masculinos e femininos e há a selacção dos mesmos. Estes serão depositados nas trompas de falópio para que ocorra aí a fecundação.

-Transferência Intratubárica de zigotos:
Após a recolha e selecção dos gâmetas, estes permanecem num meio de cultura adequando durante cerca de 24 horas. Aí vai haver a fecundação e após a mesma há a transferência do zigoto, atravéz de uma Laparoscopia, para as trompas de falópio.

-Maternidade de substituição:

Este método é utilizado quando há impossibilidade de gestação por parte da mulher. Neste caso a gestação do embrião será feita por outra mulher como se fosse uma barriga de aluguer. Poderá ser feita uma fecundação in vitro usando os gâmetas do casal e sua posterior colocação no útero da barriga de aluguer. Ou então será feita uma Inseminação artificial em que se usará os espermatozoides do homem com um oócito doado pela barriga de aluguer.

Causas de infertilidade

Causas da infertilidade na mulher:
Problemas na produção de hormonas
·         Síndrome dos ovários policísticos
Nos ovários que contêm cistos a ovulação não ocorre regularmente, devido a um desequilíbrio hormonal que pode causar alterações no ciclo menstrual, alterações na pele e pequenos cistos nos ovários.
Causas orgânicas
·         Cancro (ovárico, do colo do útero);
·         Drogas;
·         Infeções;
·         Danos de radiações;
·         Problemas de ovulação
Impedimento do oócito II ser libertado dos ovários, devido a um distúrbio (normalmente hormonal).
·         Óvulo de baixa qualidade
Presença de óvulos danificados ou com anomalias cromossómicas, que não conseguem manter uma gestação. A idade costuma estar ligada a este problema.
·         Obstrução nas trompas
As trompas são bloqueadas e impedem que os óvulos cheguem ao útero e, o espermatozoide ao oócito II.
As principais causas são: doenças inflamatórias pélvicas e doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e laqueadura anterior.
·         Endometriose
O tecido do endométrio cresce fora do útero.
·         Auto anticorpos
As secreções uterinas contêm um excesso de anticorpos que podem impedir a implantação do zigoto no útero, isto acontece devido a doenças genéticas em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo.
Exemplo: Anti espermatozoide, os anticorpos bloqueiam os espermatozoides, não os deixando fecundar o oócito II.
·         Abortamentos de repetição
Podem ser devido a problemas genéticos parentais incluindo a idade avançada do ovário, as anomalias do cariótipo, neste caso, o abortamento é considerado uma defesa materna contra um produto inviável e a doenças de coagulação.
·         Gravidez ectópia
Acontece quando a implantação e a gravidez ocorrem na cavidade abdominal ou na trompa de Falópio.
·         Patologia uterina;
Os fibromiomas (tumores benignos do músculo liso), os pólipos causam frequentemente hemorragias e impedem a implantação desencadeando uma inflamação, impedindo a gravidez por ocupação de espaço.
A hiperplasia benigna do endométrio acontece devido a uma desregulação hormonal ou infeção crónica.
A hipoplasia do endométrio acontece se o endométrio não crescer (12-14 mm) na altura da implantação, isto deve-se a défices hormonais ou a mutações genéticas.
As infeções silenciosas do endométrio são frequentes, sendo geralmente causadas por bactérias de transmissão sexual.
As sinequias são aderências do endométrio, geralmente secundárias a infecções genitais ou à curetagem do endométrio durante a interrupção voluntária da gravidez.

Causas da infertilidade no homem:
Causas psicológicos, relacionados com o stresse, o nervosismo e a ansiedade.
Causas orgânicas
·         Lesões do escroto
Hidrocele é a acumulação congénita de líquido no escroto e causa a diminuição da qualidade do sémen.
Os quistos dos epidídimos podem ser congénitos ou secundários a infeções e podem causar azoospermia obstrutiva.
A torção testicular acidental pode levar à remoção cirúrgica do testículo (orquidectomia).
·         Lesões mecânicas ou doenças que afetam o sistema nervoso, nomeadamente ao nível da espinal medula ou do cérebro.
·         Existência de testículos incapazes de responder às gonadoestimulinas e sintetizar testosterona.
·         Obstruções- Vasos deferentes, epidídimos, ou uretra;
                  -Varicoceles (varizes) nos testículos que são a causa mais comum de doenças sexualmente transmissíveis.
·         Criptorquidia
É caracterizada pela descida incompleta dos testículos para o escroto.
·         Ejaculação retrógrada
Acontece nos homens que foram operados à próstata, o sémen durante a ejaculação pode refluir para a bexiga urinária em vez de ser expelido para o exterior através da uretra.
·         Anejaculação
A ausência de ereção e/ou de ejaculação pode acontecer devido a lesões da medula espinhal, a doenças vasculares, a determinadas medicações e a distúrbios psicológicos.
                  Problemas nos espermatozoides:
         -Morfologia
 A estrutura dos espermatozóides sofre modificações. Deformações a nivel da cabeça, peça intermédia e flagelos (ex. Um espermatozóide com dois flagelos; uma cabeça nao oval; peças intermédias partidas)
      -Mobilidade espermática
 Os espermatozóides nao apresentam mobilidade ou muito pouca.
   -Azoospermia secretora
Acontece, porque o testículo não produz espermatozoides ou produz espermatozoides em número insuficiente, sendo que estes têm pouca mobilidade ou um formato anormal. Esta doença tem causas genéticas e secundárias.
·         Alergia a espermatozoides
Reação imunológica a espermatozoides, que é comum após uma vasectomia.
·         Drogas;

·         Estragos pela radiação.

Métodos contracetivos

Podem ser divididos em dois grupos:
- Métodos Naturais
- Métodos Tecnológicos(estes são subdivididos em outros três grupos):
     - Barreira;
     - Hormonais;
     -Cirúrgicos;

·         Naturais
o   Calendário
                Permite calcular o período fértil da mulher através da contagem dos dias de duração de um ciclo menstrual.
o   Temperatura basal
A mulher determina a temperatura do seu corpo em repouso, medindo a sua temperatura antes de se levantar. A temperatura habitual do corpo diminui antes da ovulação e aumenta discretamente (aproximadamente 0,5 C) após a libertação do oócito II.
o   Método do muco cervical
As características do muco cervical mudam consoante o grau de fertilidade. No período infértil o muco mais espesso e menos espesso no período fértil.
o   Coito interrompido
Consiste em, durante o ato sexual, retirar o pénis da vagina antes de ocorrer a ejaculação, impedindo que o esperma seja depositado na vagina.
o   Método sinto-térmico
Este método é um conjunto dos anteriormente descritos: Método do Calendário; Avaliação Diária da Temperatura; Método de Billing ou muco cervical; Deste modo é possível, com maior fiabilidade e segurança, descobrir o período fértil da mulher e proceder á abstinência sexual.

·         Barreira
o   Preservativos (feminino ou masculino)
Ambos devem ser introduzidos antes da relação sexual e depois da ejaculação retêm o esperma.
O preservativo feminino é introduzido na vagina e previne o contacto do esperma com colo do útero. O preservativo masculino constitui uma barreira à passagem do esperma para a vagina durante o coito. 
o   Diafragma
É um dispositivo de borracha com um aro flexível que se introduz na vagina. Quando corretamente introduzido previne o contacto do esperma com o colo do útero.
o   Esponjas e espermicidas
São constituídos por substâncias que eliminam a mobilidade dos espermatozoides. Podem apresentar-se sob a forma de creme, gel, espuma ou comprimidos vaginais. O espermicida deve ser introduzido na vagina até 1 hora antes da relação sexual.
o   Dispositivo intra-uterino (DIU)
É um método contracetivo de longa duração, aproximadamente 5 anos e não contém hormonas com cobre.
Impede que os espermatozoides fecundem o óvulo. Também dificulta a implantação no útero caso tenha ocorrido a fecundação, é 95% eficaz.

·         Hormonais
o   Pílula oral
É um método contracetivo de utilização diária que inibe a ovulação, é 98% eficaz.
É tomada durante os 28 dias do ciclo, sem interrupção (pílula que não contém estrogénios) e pode ser utilizada durante a amamentação.
o   Injetáveis
Regulariza o ciclo menstrual e evita a gravidez indesejada. Para utilizá-lo a mulher deverá tomar uma injeção uma vez por mês ou a cada três meses, segundo a orientação médica.
o   Implante hormonal
É um método contracetivo de longa duração (aproximadamente 3 anos), só contém progesteronas.
Pode ser utilizado durante a amamentação, pois não afeta a quantidade nem a qualidade do leite materno.
o   Anel vaginal

É um anel de plástico flexível, suave e transparente com 5 cm de diâmetro.

É um contracetivo hormonal de utilização mensal. O seu uso regular proporciona níveis hormonais constantes.

o   Adesivo anticoncecional
É um método contracetivo de utilização semanal. Em contacto com a pele liberta um fluxo contínuo de hormonas (estrogénios e progesterona).
·         Cirúrgicos
o   Vasectomia
Consiste no corte dos canais deferentes, responsáveis pelo transporte dos espermatozoides que são expelidos durante a ejaculação.
o   Laqueação das trompas

Consiste na oclusão bilateral das trompas de Falópio, impedindo assim que os espermatozoides entrem em contacto com óvulo.

Desenvolvimento embrionário

Fase embrionária: Vai até às 8 semanas;
Divisão do zigoto por mitoses para formar a mórula;
A mórula ao chegar ao útero, é nutrida por secreções uterinas e desenvolve-se em blastocisto: Botão embrionário e trofoblasto;
Ocorre a nidação (blastocisto)

Fase letal: Apartir das 8 semanas

Desenvolvimento embrionário
Crescimento
Morfogénese (endoderme; mesoderme e ectoderme)
Diferenciação celular (organogénese)

Blastocisto --> hCG --> Estimulação do corpo lúteo na produção de estrogénios e progesterona --> Condição fundamental para a nidação

Quando ocorre a fecundação, as células trofoblásticas do blastocisto (estádio em que o embrião se fixa à parede uterina) funcionam como glândulas endócrinas, secretando a hormona hCG
A hormona hCG impede a degeneração do corpo lúteo e desta forma a produção de estrogénios e progesterona não cessa. Assim, aumenta a concentração destas duas hormonas, exercendo-se um mecanismo de retroalimentação negativa sobre o complexo hipotálamo-hipófise, não havendo desencadeamento de nova fase folicular.

Como se explica que as células, apesar de terem a mesma valência e o mesmo material genético, possam originar uma tão grande diversidade de tecidos funcionais?
Apesar de possuírem a mesma informação genética, essa informação, não se expressa toda ao mesmo tempo em todas as células. Há genes que são expressos numa células e silenciados noutras. Assim, mediante a informação genética que se encontra em descodificação, as células seguem em linha de diferenciação celular.

Anexos embrionários:

  • Cordão umbilical- permite a comunicação entre o embrião/feto e a placenta.
  • Placenta- é o local de trocas seletivas de gases e outras moléculas entre o sangue materno e o fetal.
  • Âmnio- membrana que delimita a cavidade amniótica, preenchida por líquido amniótico. Protege o embrião/feto de choques mecânicos ou variações térmicas.
  • Córion- membrana exterior que reveste os outros anexos embrionários e o próprio embrião/feto.
  • Alantóide e Saco Vitelino- estruturas de dimensões reduzidas que contribuem para a formação do cordão umbilical.

Amniocentese: Com o auxílio de uma agulha longa que perfura as paredes abdominais recolhe-se líquido amniótico, que contém células descamadas do feto, da placenta e do saco amniótico. Através desta técnica realiza-se diversas análises, entre as quais a que permite estabelecer o cariótipo da criança. Assim faz-se o diagnóstico de algumas doenças hereditárias.

Regulação hormonal durante a gravidez





      A partir do terceiro mês de gestação, a placenta produz quantidades adequadas de estrogénios e progesteroma, mantendo os níveis altos na restante gravidez.

O parto envolve contrações uterinas sob o efeito de hormonas:
  • Progesterona- Aumento dos seios; Obstrução do cérvix; Crescimento da placenta; Aumento do útero; Bloqueio dos ciclos.
  • Oxitocina- é estimulada por um estímulo mecânicas, dado pela pressão da cabeça do feto contra o colo uterino. Potencia as contrações uterinas, que fazem com que haja mais pressão no cólo do útero e assim aumenta a sua libertação.
A oxitocina também estimula o útero a produzir prostaglandinas;
  • Prostaglandina- promove as contrações do músculo uterino. Na sua ausência, o colo do útero nao se dilata da maneira adequada.
  • Relaxina- Amolece o colo do útero, o tecido conjuntivo entre os ossos da cintura pélvica, facilitando o alargamento da abertura pélvica.

Controlo hormonal do aleitamento

Prolactina- Estimula a produção de leite materno, as células contrácteis.
Oxitocina- estimula as células secretoras.
    Associados a cada amamentação, ocorrem picos de secreção de prolactina. a sucção do bebé provoca uma estimulação da hipófise, libertando prolactina. A prolactina e a oxitocina são libertadas periodicamente, em resposta aos momentos de aleitamento, estimulando a ejecção de leite.


domingo, 27 de outubro de 2013

Fecundação


  • Junção do gâmeta feminino e do masculino;
  • Ocorre nas trompas de falópio;
  • Quanto menos viscoso o muco vaginal há uma maior associação de glicoprotínas em fibras alongadas, facilitando a passagem dos espermatozóides no cérvix. Esta viscosidade varia com a concentração de hormonas (maior a concentração estimula o cérvix a produzir um muco mais viscoso, que cria uma barreira à migração dos espermatozóides)

Reação acrossómica
Interação entre o acrossoma e a zona pelúcida do oócito II, que permite a entrada do núcleo do espermatozóide no citoplasma do oócito II.

Na fecundação há um mecanismo de proteção que evita a fecundação por mais de um espermatozóide.
Entre a zona pelúcida e a membrana plasmática do óvulo forma-se uma camada que dificulta a ligação de mais espermatozóides.

Em que fase da divisão celular se encontra o oócito II aquando da ovulação?
Início da divisão II da meiose - Metáfase II.

Para ocorrer a fecundação, é necessário posteriormente ocorrer a reação acrossómica, em que parte da parede do oócito II é degradada por enzimas libertadas pelo acrossoma do espermatozóide.




excertos livro do corpo humano


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Morfofisiologia e funcionamento do sistema reprodutor feminino

Órgãos externos - Vulva:
  • Grandes e pequenos lábios;
  • Clítoris.
Órgãos internos:
  • Ovários;
  • Trompas de Falópio;
  • Útero;
  • Vagina.


Oógenese

Engloba três principais fases:
  •  A fase de multiplicação, dá-se durante o desenvolvimento embrionário e consiste na multiplicação das oogónias (células 2n), através de mitoses sucessivas;
  • Na fase de crescimento, há a passagem de oogónia para oócito I, este inicia a Meiose Reducional, mas fica retido na Prófase I durante toda a infância, até à puberdade, passando pela fase de repouso;
  • Na puberdade, dá-se a última fase, a fase de maturação em que o oócito I continua a Meiose e transforma-se em oócito II, a Meiose Equacional é interrompida na Metáfase II e esta só continua se o oócito II for fecundado, transformando-se em óvulo.

          

Ciclo Ovárico

Fase Folicular: Duração de aproximadamente 14 dias, dá-se o crescimento e maturação do folículo.
Ovulação: Folículo de Graaf segrega enzimas proteolíticas que rompem a parede do ovário, permitindo que o oócito II se liberte para as trompas de falópio. Ocorre 14 dias após o início do desenvolvimento do folículo.
Fase luteínica: Duração de aproximadamente 14 dias, dá-se o crescimento do corpo lúteo e regressão do mesmo, caso o oócito II não seja fecundado. Produção de hormonas (progesterona e estrogénio).


          Os oócitos encontram-se dentro de folículos e estes podem passar por vários estados: folículo primordial (que se desenvolve ao longo da fase de multiplicação); folículo primário (desenvolve-se a partir da puberdade); folículo secundário (crescimento contínuo do oócito I, formando-se uma camada de células a rodear o folículo, a teca e uma camada acelular constituída por células orgânicas, a zona pelúcida); folículo terciário (o oócito I continua a aumentar de tamanho, as células da camada granulosa a proliferar, começam-se a formar várias cavidades preenchidas por um líquido e a teca diferencia-se em interna e externa) e folículo de Graaf (as cavidades foliculares fundem-se, originando uma nova cavidade folicular que envolve o oócito II). 

Ciclo Uterino

Fase Proliferativa:
-Decorre entre o 5º e o 14º dias;
-Coincide com a fase folicular do ciclo ovárico;
-Dá-se a proliferação das células do endométrio, a vascularização e a formação de glândulas.

Fase Secretora:
-Decorre entre o 14º e o 28º dias do ciclo;
-Coincide com a fase luteínica do ciclo ovárico;
-O endométrio atinge a vascularização e a espessura máximas;
-As glândulas produzem um muco rico em glicogénio;
-Com estas modificações, o endométrio encontra-se preparado para receber o embrião (caso tenha ocorrido fecundação) e suportar a gravidez.

Fase Menstrual:
-Se não ocorrer fecundação, o corpo lúteo regride, deixando de produzir estrogénio e progesterona;
-O endométrio deixa de ser estimulado, desagregando-se;
-Ocorrem hemorragias, devido à contração e rompimento dos vasos sanguíneos. O fluxo constituído por sangue e resto da mucosa uterina é expulso durante cerca de 5 dias.

Explique a ação das hormonas produzidas no ovário ao nível do endométrio.
A progesterona, que é uma hormona sintetizada pelo corpo lúteo, estimula o desenvolvimento do endométrio e o estrogénio, que é uma hormona produzida pelos ovários, promove a proliferação do endométrio.

Controlo hormonal

" O funcionamento cíclico dos ovários é controlado pelo complexo hipotálamo-hipófise, por sua vez, é controlado pelos próprios ovários"
O controlo hormonal no sistema reprodutor feminino dá-se por processos de retroalimentação negativa e por retroalimentação positiva (apenas entre o 12º e o 14º dias).

Retroalimentação negativa-  O aumento da concentração de GnRH, FSH e LH provocam um aumento da produção de estrogénios que, por sua vez promovem a diminuição da concentração daquelas hormonas. Esta diminuição de síntese de GnRH, FSH e LH diminuirá a concentração de estrogénios que passa a estimular a síntese daquelas hormonas, num processo cíclico.

Retroalimentação positiva- O aumento significativo da produção de estrogénios estimula a produção de FSH e LH que fomentam o desenvolvimento folicular e consequente libertação de estrogénios.


Qual a importância do aumento da concentração hormonal imediatamente antes do 14º dia do ciclo?
É importante um aumento da concentração hormonal antes do 14º dia, pois é quando ocorre a ovulação (libertação do oócito II), ou seja, quando há maior probabilidade de ocorrer a fecundação, que é quando o útero precisa de estar mais desenvolvido para receber o ovo ou zigoto (isto acontece devido às hormonas ováricas)

Consequências da menopausa a nível físico/emocional

O envelhecimento é um processo natural no ciclo vital, porém cada mulher enfrenta-o de maneira diferente. Isso depende das características intrapsíquicas e do contexto sócio cultural em que a mulher está inserida. Mulheres em condições psíquicas adequadas (ambiente familiar favorável, boa dosagem de autoestima), quando atingem esse estágio da vida, estão mais aptas a enfrentar de maneira satisfatória as consequências da menopausa, mantendo o equilíbrio e entendendo esse momento como uma etapa natural inerente à sua condição feminina. Outras mulheres, mais fragilizadas por aspetos da personalidade, com tendência ansiosa, que se encontrem em situações de stress físico ou emocional, ou que são extremamente vaidosas e preocupadas com a sua aparência, podem encontrar dificuldades para lidar com os efeitos dessa fase. Isto pode causar-lhes um intenso sofrimento, que as torna vulneráveis a certas patologias.
É imposta às mulheres um padrão de beleza, pela sociedade valorizando tanto a juventude. Quando as mulheres chegam à menopausa, constatam as mudanças de seu corpo, que já não correspondem a esse padrão e sofrem consequências psicológicas quanto ao enfrentamento da velhice, fazendo com que a questão da finitude se apresente mais intensamente.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sistema Reprodutor Feminino

Palavras-chave:
Ovário:
-Folículos primordiais;
-Folículos de Graaf;
-Ovulação;
-Corpor lúteo.
Oogénese
Ciclos ovárico e uterino
Estrogénio
Progesterona

                               Morfologia/função do Sistema Reprodutor Feminino



Diferente fases da Oogénese



Controlo Homonal do Sistema Reprodutor Feminino



Morfofisiologia e funcionamento do sistema reprodutor masculino

Percurso do esperma:
Testículos-Epidídimos-Canal deferente-Uretra

Glândulas anexas ao sistema reprodutor masculino

Vesículas seminais
Secretam um líquido viscoso composto principalmente por frutose, e por várias proteínas que fornecem nutrição e energia para o espermatozoide. A secreção das vesículas seminais é controlada pela testosterona e é responsável pela produção de um líquido, que será libertado durante a ejaculação.
 O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozoides
Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorreia – cólica menstrual, e no orgasmo. Outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que justifica as cefaléias (dores de cabeça, enxaqueca).
Doenças: Quista na vesícula seminal

Próstata
A próstata produz o líquido prostático que é alcalino e leitoso.
Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozoides.
Doenças: Hipertrofia benigna na próstata, Cancro, Prostatite.

Glândulas de Cowper
Libertam um líquido transparente que é lançado dentro da uretra.
Tem a função de limpar a uretra e preparar a passagem dos espermatozoides. Este líquido também serve para lubrificar o pénis durante o ato sexual.

Funções dos diferentes constituintes dos testículos:
-Tubos Seminíferos, são responsáveis pela produção de espermatozoides;
-Células de Sertoli, são responsáveis pela proteção e nutrição das espermatogónias;
-Células de Leyding, são responsáveis pela produção de testosterona;
-Lúmen, é a zona central dos tubos seminíferos. A espermatogénese (processo de formação de espermatozoides), ocorre da periferia do tubo para o lúmen;

-Espermatozoides, que são constituídos pelo: acrossoma, que resulta da fusão de vesículas do complexo de Golgi e contém enzimas hidrolíticas que permitem ao espermatozoide penetrar no gâmeta feminino; Segmento intermédio, que contém mitocôndrias, que fornecem energia sob a forma de ATP; flagelo, que produz o movimento necessário à deslocação do espermatozóide;
-Epidídimos, onde os espermatozoides atingem a maturação final.

NOTA: A temperatura ótima para a espermatogénese é ligeiramente inferior à temperatura corporal normal. Assim, o escroto mantém os testículos 2ºC abaixo da temperatura corporal.

Controlo hormonal

Hormona hipotalâmica (GnRH)- Produzida no hipotálamo, condiciona a produção de outras hormonas pela hipófise.

Hormonas hipofisárias (LH e FSH)- Produzidas pela hipófise

-O aumento da concentração de testosterona inibe a síntese de GnRH, que no final provocará a diminuição da síntese de testosterona:
-O GnRH produzido no hipotálamo estimula a produção de LH e FSH na hipófise;
-As hormonas hipofisárias estimulam a espermatogénese e a produção de testosterona.
Testosterona:
 -Os níveis altos inibem.
 -Os níveis baixos estimulam.

Retroalimentação- Mecanismo hormonal que permite o controlo da concentração de diversas hormonas dentro de intervalos fixos e estáveis. No sistema reprodutor masculino são evidenciados mecanismos de retroalimentação negativa.